Desde a antiguidade, a lingerie exerce um papel fundamental na vida
das mulheres. Na Grécia, a necessidade de usá-la surgiu por
causa da preocupação das mulheres em cobrirem suas intimidades.
Elas banhavam-se nas fontes da cidade de Atenas, usando túnicas e um
pequeno triângulo de tecido amarrado com fios nos quadris. Dessa forma,
surgiu o que foi considerada a primeira tanga.
Para proteger a pele dos tecidos ásperos e pesados que eram usados
na época, usavam-se as túnicas, que eram camisolas longas, para
ambos os sexos.
As lingeries eram consideradas símbolos de "status", pois
uma mulher bem arrumada demonstrava riqueza e por consequência
a imagem do homem bem sucedido. Foi nessa época que surgiram as ligas
feitas de lã, como uma necessidade de segurar as meias de algodão.
As lingeries eram muito desconfortáveis, pois os espartilhos eram
feitos de esparto, mesmo material usado para fazer cestos, e a estruturação
era feita com barbatanas de baleia, como uma armadura.
O estilo diretório, que surgiu através do comércio com
o Oriente e a América, era um vestido decotado, preso debaixo do busto
e uma calça larga de linho, a qual era presa no tornozelo. Sua ousadia
era aparecer sob as saias que arrastavam no chão. Surgiram então
as anquias, que são armações de arame, amarrados na cintura,
com a finalidade de aumentar os quadris.
Com o tempo, a anquia foi substituída por uma calda, chamada de culo,
que deixava as mulheres estreitas de frente e como uma grávida de costas,
tendo o espartilho força total, tendo que ser amarrado por duas pessoas.
Sua função era deixar a mulher com uma minúscula cintura.
Posteriormente surgiram as crinolinas, que eram armações de
tubos de tecidos forradas com crinas de cavalo, as quais faziam muita compressão
no corpo da mulher, causando casos diários de desmaios.
Por volta de 1900, o famoso costureiro Paul Poret colocou um fim nos espartilhos
e corpetes, salientando a lingerie como algo sensual, surgindo daí
os calções de tecidos finos, as camisetas de cambraia ou de
seda, usando muitas combinações. Dessa forma, a lingerie tornou-se
símbolo feminino de sensualidade, sedução e luxo.
O elastano, e posteriormente o nylon, eram considerados uma segunda pele,
e proporcionavam lavagem e secagem rápida. Surgiram de forma revolucionária
no mercado da lingerie, principalmente por serem formados por novas fibras,
como matéria prima alternativa, ficando assim com um preço muito
mais acessível. Com a queda da bolsa de valores, em 1929, o poder aquisitivo
não permitia que as mulheres gastassem tanto com as lingeries.
Por volta de 1950, surgiram os modelos de recortes ousados para soutiens,
como os que levam arame para dar sustentação. Com o tempo, os
sutiens com bojo, e também os bustiers, chamados sutiens sem alça,
ganham força total no mercado..
Ousadia maior foi quando surgiu a transparência das rendas, os topes
e outros mais, devido ao desenvolvimento dos produtos. Desse modo, a mulher
ganhou o poder da opção. Como dito por especialistas: "A
lingerie que se parece com você, que se move com você e que se
sente como você".
Fonte: www.firmare.ind.br
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